sexta-feira, 27 de abril de 2012

A evolução de Calpurnia Tate




      Calpurnia Virginia Tate é uma menina de onze anos, a quem todos tratam por Callie, que vive no Texas, numa grande plantação de algodão e é a única rapariga entre sete irmãos.
      O seu avô, Walter Tate, passava os dias a fazer experiências no laboratório ou encafuado nos livros da sua biblioteca. Como parecia sempre distraído, impunha aos netos um certo receio e muito respeito.
A paixão comum pela observação da natureza aproximou Calpurnia do seu avô. Este emprestou-lhe vários livros, entre eles A origem das Espécies, de Charles Darwin, que a jovem achou difícil para a sua idade.
      O objecto mais precioso que o naturalista Walter Tate conservava no seu laboratório era um choco, dentro de um frasco com álcool, que lhe havia sido enviado por Darwin.
    A amizade entre avô e neta foi-se consolidando, até que um dia, num dos seus passeios pela propriedade, encontraram uma espécie de ervilhaca, até então desconhecida. Tiraram-lhe várias fotografias e enviaram-nas, com uma descrição detalhada, para o Comité de Taxonomia das Plantas do Instituto Smithsonian, em Washington. Após vários meses de expectativa, veio a confirmação de que se tratava de uma nova espécie.
Os cientistas deram-lhe o nome de vicia tateii, em honra das pessoas que primeiro a identificaram.
Avô e neta ficaram muito orgulhosos.

hr

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